Emprego certo

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Calcular o custo da construção


PROJETOS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS.
    Saber quanto custa a realização de uma construção depende do levantamento de um conjunto de preços de materiais básicos e de salários das categorias profissionais da construção civil. É possível comparar a variação deste custo no tempo e no espaço através de números, que são chamados de índices. Neste caso, índices de custo da construção civil.
    O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), produzido pelo IBGE, fornece os custos e os índices de custo do metro quadrado de uma construção no canteiro de obras, não incluindo compra de terreno, administração e equipamentos mecânicos, dentre outros.
    Abaixo você encontra uma ilustração simplificada de como se calcula o custo de uma construção.
    Como se calcula o custo de uma construção
    Primeiro passo:definição do projeto, isto é, o conjunto de desenhos (plantas) que mostram detalhadamente o que se quer construir.
    Segundo passo:definição dos serviços (etapas) necessários à execução da obra. Exemplos: fundações, estrutura, alvenaria (paredes externas e internas), instalação hidráulica e elétrica, revestimentos etc.
    Terceiro passo:definição das características de cada serviço, ou seja, sua especificação. Exemplos:
      ServiçosEspecificações
      AlvenariaEm tijolo maciço ou furado
      Instalação hidráulicaEm ferro galvanizado ou PVC
      Revestimentos em azulejosBranco ou colorido
      PinturaCom tinta PVA ou acrílica
      Pisos de salasTábua corrida ou carpete
      Cobertura (telhado)Telhas de barro ou fibrocimento
    Quarto passo:é o levantamento da quantidade de cada serviço. Exemplos:
    • área total para levantamento das paredes externas e internas;
    • área total de paredes que irão receber revestimento em azulejos;
    • área total de paredes a serem pintadas etc.
    Quinto passo:tendo-se o serviço e sua especificação, pode-se definir os materiais e mão-de-obra (categorias profissionais), e as quantidades necessárias para sua execução.
      Materiais + mão-de-obra (com quantidades) = composição de custo
    Exemplo: Para se construir 1 m2 de parede com tijolo maciço são necessários:
      DescriçãoQuantidade
      MateriaisTijolo maciço0,0159 milheiro
      Cimento0,0284 sc.50kg
      Areia grossa0,0077 m3
      Mão-de-obraPedreiro0,5999 h
      Servente0,6599 h
    Sexto passo:corresponde à pesquisa de preços dos materiais e salários indicados nas composições de custos, isto é, que serão utilizados na execução da obra.
    Sétimo passo:equivale ao cálculo do custo propriamente dito, realizado em três etapas:
    • de início calcula-se o custo por unidade de cada serviço, multiplicando-se as quantidades de material e mão-de-obra (quinto passo) pelos preços e salários (sexto passo);
    • em seguida é obtido o custo total de cada serviço, multiplicando-se o custo por unidade pela quantidade do serviço (quarto passo);
    • finalmente, chega-se ao custo final da edificação que se deseja construir, somando-se os custos totais de todos os serviços.


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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Economizando - Utilização correta e reaproveitamento de materiais.


No decorrer da obra, vários detalhes contribuem para que em média 30% dos materiais perfeitamente utilizáveis vão para o lixo. Em algumas obras, até 70% dos materiais vão para o lixo, mas já em outras, uma parcela muito pouco significativa que é jogada fora. Preste bastante atenção nestes detalhes, eles podem parecer bobos, mas no final com certeza aliviam o bolso.

*É muito normal que durante a montagem de uma forma de madeira, ou no assentamento de uma porta ou de uma janela que o funcionário responsável use pregos. Mas cada prego que é entortado, ou que espirra caindo um pouco longe, não é mais utilizado. O funcionário simplesmente pega um prego novo na embalagem. Se no final do dia, um funcionário for designado para catar e desentortar os pregos não utilizados, com certeza vai haver uma diminuição significativa na compra de pregos.

*Geralmente quando se está fazendo um pilar, faz-se a armação com vergalhões. As sobras do vergalhão, que não serão mais reaproveitadas devem ser jogadas dentro das armações quando estiverem sendo cheias de concreto. Essa atitude, além de fortalecer a viga, evita o desperdício e diminui as chances de pessoas se machucarem no canteiro de obras.

*Quando se está preparando a massa (cimento, areia e água), os funcionários, geralmente transportam a areia em latas ou em carrinhos de mão. No transporte dessa areia, se perde muito pelo caminho, a lata pode estar furada, ou o carrinho tomba, sempre alguma coisa acontece. Se o monte de areia estiver perto do local onde for preparada a massa, a perda será mínima. Ou se algum funcionário passar a varrer, peneirar e devolver ao monte, a economia também será enorme. Para uma obra de 300m², no final, a economia pode chegar a 6m³de areia no final da obra.

*Outro problema muito comum, acontece na hora em que uma parede está sendo rebocada. Muitos pedreiros, ao assentar tijolos, não faz o serviço bem feito, e as paredes, na maioria das vezes, ficam tortas. Mas uma parede para ser pintada ou mesmo que está sendo preparada para receber cerâmica ou pedras, tem que ser totalmente reta. Para isso, o funcionário nivela a parede com uma camada mais grossa de massa. Imagine uma obra de 300m²com 1cm a mais de massa em cada parede, seria uma quantidade absurda. Fique atento, e exija que o funcionário verifique o nível durante o assentamento.

*Geralmente, quando o funcionário vai preparar a massa, ele costuma transportar o cimento na mesma lata que a água. No final do dia, quando aquela água seca, o cimento endurece e forma-se uma grossa camada dentro da lata. Essa atitude, inutiliza a lata e também consome uma parte significativa de cimento. A atitude a ser adotada é exigir que o transporte da água e do cimento seja feito em recipientes diferentes, um para a água e outro para a areia.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Agilizando a construção

Para agilizar sua obra, existem alguns elementos que contribuem. Muitas pessoas dizem que podem ser métodos relativamente caros mas com certeza eles agilizarão a obra e também contribuirão e muito na qualidade da construção ou reforma.
*Um dos principais métodos para que a obra seja concluída com grande agilidade, sem dúvida nenhuma é o planejamento. Depois do projeto já pronto (inclusive na reforma), você já pode ter uma lista completa de materiais que serão utilizados. Os materiais de maior valor (tábua corrida, cerâmica, tijolos, telhas, portas, janelas, madeiras para telhado, portais, rodapés, etc.) devem ser comprados anteriormente para que no decorrer da obra o gasto seja quase que exclusivo com cimento, areia, brita e mão de obra. Tendo todo o material em mãos fica mais ágil e com certeza sem desculpas por parte da mão por ficar ocioso durante o trabalho. 


 *Quando comprar cimento, areia e brita, tendo lugar disponível, é de grande valia que se compre em grande quantidade. Para areia e brita não precisa de muito cuidado em estocar, mas o cimento é desejável que haja um local seco e coberto para que não endureça. 


 *Ferramentas de boa qualidade são essenciais. Quando uma ferramenta é ruim, ela se quebra fácil fazendo com que quem a está usando pare de fazer o serviço para consertá-la. Para que também não haja problemas maiores mesmo se a ferramenta for boa, deve-se ter sempre ferramentas reservas, assim a obra mantém um ritmo e esse ritmo que não pode ser quebrado. 


 *Quando a obra for de grande ou médio porte é aconselhável a compra de cordas e roldanas para o transporte de materiais. O aluguel de uma betoneira é de grande importância pois faz uma grande quantidade de massa num tempo mais curto assim você não perde tempo com o funcionário com enxada na mão. Um ajudante gasta quase meia hora para formar a mesma massa que na betoneira levaria 5 min. e com qualidade superior. 


 *O contrato de prestação de serviço é sem dúvidas a medida de agilizar sua obra. Nele você estipula o tempo em que o serviço deve se feito e fiscaliza a qualidade na qual o serviço esta sendo executado. No contrato também existe a possibilidade de se estipular uma multa por atraso. Assim o funcionário realiza um serviço de boa qualidade e com um tempo reduzido. 

Resumo de algumas dicas antes de começar a construir

FAÇA UM PROJETO
Mais da metade das casas no Brasil são levantadas sem planejamento. "Sem um projeto, é comum a pessoa construir uma parede ou até uma sala, depois perceber que deu errado, e ter que derrubar. É um desperdício muito grande", diz a professora de arquitetura da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Doris Kowaltowski. Para não gastar à toa, o melhor é chamar um arquiteto ou engenheiro que planejará tudo. Um projeto de até 70 metros quadrados custa cerca de R$ 400,00. Se você não tem esse dinheiro, procure a prefeitura de sua cidade. As prefeitura têm projetos de casas para fornecer gratuitamente.


CONFIRA A ORIENTAÇÃO DO SOL 
A iluminação é uma das coisas mais importantes em uma casa. Por isso, antes de construir, verifique a orientação do sol. A face norte é que recebe luz a maior parte do dia. É nessa direção que geralmente se colocam os quartos. Se você prefere o sol de manhã, aponte-os para o leste. Os cômodos virados para o oeste receberão sol só à tarde. Já os que ficarem para o sul terão pouca iluminação.


ECONOMIZE TUBULAÇÃO
Na hora de fazer a planta, o ideal é que o banheiro, cozinha e área de serviço estejam próximos. Assim, o gasto com a tubulação fica menor. "Lembre-se de não colocar a porta do banheiro muito próxima da cozinha, por causa dos cheiros", ensina a arquiteta Dânia Brajuto.


USE MATERIAIS LOCAIS
Quando for comprar madeiras, prefira as que são comuns em sua região, pois custam mais barato. Procure saber também se há olarias onde você mora. Comprar tijolos ou telhas direto da fábrica pode significar uma grande economia.


BATA PERNAS PELO MENOR PREÇO
Todo mundo está cansado de saber, mas pesquisar preços é fundamental. De uma loja de material para outra, a diferença de preço chega a 60%. Portanto, bata pernas.


REDUZA O TEMPO DA OBRA
"As obras em geral atrasam por falta de dinheiro ou por causa das chuvas", explica Cláudio Conz, da Associação Nacional de Revendedores de Material de Construção (Anamaco). Como pedreiros e outros contratados recebem por semana, quanto mais tempo a obra demora, mais se paga. Por isso, o melhor é ter todo o material ou dinheiro para comprar antes da obra começar e evitar a época de chuvas. Você pode tentar um financiamento para o material (veja o quadro abaixo).


PREFIRA TIJOLOS DE BARRO
Muitos pedreiro gostam de construir usando blocos de concreto. Com eles, é mais rápido levantar as paredes. Mas esses blocos esquenta muito. Para que sua casa não vire um forno, escolha tijolos de barro. 


DÊ UM CHEGA PARA LÁ NA UMIDADE
Quando começar a construção, impermeabilize a fundação e as três primeiras camadas de tijolo. Para isso, misture ao concreto ou argamassa um produto impermeabilizante, como o vedacit. "Assim você impede que a umidade do terreno suba pelas paredes", explica a arquiteta Dânia. Segundo ela, um pacote de impermeabilizante com 20 quilos, que serve para uma casa de 70 metros quadrados, custa entre R$ 20 e R$ 30.


OPTE POR JANELAS GRANDES
As janelas prontas, tipo Sasazaki, são mais baratas. Mas, por serem pequenas, não deixam a iluminação nem o ar entrarem direito. Com elas, a casa acaba ficando pouco iluminada, mal ventilada e você vai gastar mais com luz elétrica e ventiladores.


USE UM TELHADO AREJADO
Telhas de cerâmica são mais caras que as do tipo Eternit. Mas a casa fica muito mais arejada com elas. As telhas de amianto transformam a casa em uma sauna. Outra boa dica, é fazer um beiral (prolongamento do telhado) de cerca de 1m20. Isso deixa o ambiente mais fresco porque ajuda a fazer sombra na casa.


PISO BONITO E BARATO
Lembra do vermelhão? É aquele cimento colorido que se usava como piso antigamente. Pois o vermelhão virou moda de novo e agora tem novas cores: amarelo, marrom, preto e azul. Fácil de aplicar (basta misturar ao cimento do contra piso e aplainar), ele é bem mais barato. Sai, em média, R$ 3,50 por metro quadrado. Um piso tipo lajota custa R$ 6,00 o metro.


CUIDADO COM AS ETAPAS
Muita gente constrói em etapas. Faz uma parte, se muda, e depois, quando sobra um dinheirinho, amplia a construção. Se for o seu caso, siga o conselho da professora Doris: "Na primeira etapa, construa todos os cômodos já do tamanho que eles devem ser. É melhor e mais barato construir novos cômodos do que tentar aumentar uma sala ou um quarto."


ATENÇÃO COM AS EDÍCULAS
Muita gente constrói edículas e depois quer ampliá-las. "Não há como aumentar em edícula. O que se faz são remendos, que nunca ficam bons", diz a arquiteta Doris. Segundo ela, isso acontece porque a edícula é construída nos fundos do terreno. "Se for construída no meio ou na parte da frente do terreno, sobra espaço na porção de trás para a ampliação".

Orçamento - Dica como calcular


Na hora de calcular a quantidade de material a ser utilizada na obra, seja construção ou reforma, arquitetos, engenheiros e técnicos são unânimes: é preciso prever bem as perdas – que ocorrem do transporte ao manuseio. O cálculo evita desperdício e a dor de cabeça de ter de voltar à loja para comprar mais e correr o risco de não encontrar o produto, em falta ou já fora de linha.
A maioria dos especialistas aponta uma margem de segurança de 10%, mas nem todos os materiais aceitam esse índice. "É uma boa margem para tijolos, telhas e blocos de concreto", afirma o arquiteto Carlos Augusto Faggin, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade de São Paulo (USP).
Mesmo para aqueles materiais em que a margem é aplicável, existem muitas situações que podem aumentar ou diminuir a quantidade necessária. Áreas com pisos e azulejos estampados, por exemplo, consomem mais peças, pois pedem mais recortes para compor os desenhos. Já as áreas de grande dimensão terão perda menor, pois haverá menos recortes.
São detalhes que podem complicar a obra. Por isso, é bom consultar um arquiteto ou um engenheiro. "É preciso fazer um projeto e discuti-lo bem antes de fazer as compras", diz o engenheiro Nelson Ferraz, coordenador da Divisão Técnica de Gerenciamento de Empreendimentos do Instituto de Engenharia. Confira:



  • Telhas de barro
Como têm grande variação de tamanho, até de uma região para outra, o cálculo fica mais difícil. O professor Carlos Augusto Faggin, da FAU-USP, dá uma dica bastante prática: monte no chão 1m² com as telhas e veja quantas foram necessárias. Aplique a "folga" de 10% a mais, depois de calcular o total necessário para a área do telhado. Mas é preciso não se esquecer da inclinação do telhado: quanto maior a inclinação, maior será o número de telhas gastas.
O engenheiro Jorge Saback Filho, gerente de Obras de Residências da Archiplanta, faz um alerta: o grande problema das telhas de barro é sua qualidade. Peças ruins terão perda maior e a margem de 10% pode não ser suficiente.



  • Azulejos
Calcule a área real, isto é, desconte portas e janelas. A Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica (Anfacer) recomenda uma margem de 10% a mais no cálculo. Mas lembre-se de levar em consideração se as peças são lisas ou estampadas – estas têm perda maior, pois será preciso encaixar os desenhos.
Os azulejos são usados em áreas que geralmente requerem manutenção, principalmente por causa das instalações hidráulicas. É bom já calcular uma pequena sobra para estoque de pelo menos uma caixa, para reparos futuros, pois encontrar a mesma tonalidade de cores é quase impossível, mesmo para as peças mais simples, e as cerâmicas saem facilmente de linha.



  • Pisos
Deve-se levar em conta o tamanho das placas e da área. "Quanto maior a dimensão da placa, maior é a perda", explica o professor Faggin, da FAU. Para peças de até 15 cm, ele recomenda uma margem de segurança de 5%; e para de 30 cm ou mais, de 10%. Em contrapartida, áreas maiores terão perda menor, pois haverá menos recortes. Como no caso dos azulejos, é melhor ampliar a margem de folga se as peças forem estampadas.
Pisos postos em diagonal também têm mais recortes e, portanto, maior consumo, lembra Saback Filho, da Archiplanta. Para áreas com até 10m², o engenheiro aconselha 20% a mais para colocação reta e 35% para em diagonal. Áreas superiores devem ter margem de 10% e 20%, respectivamente. É aconselhável ter um estoque, para manutenção futura, de pelo menos uma caixa. O rodapé, se feito do corte do piso, deve ser calculado separadamente. Saiba que uma placa fará duas unidades de rodapé, pois o "miolo" vai apresentar "rebarbas" indesejáveis.



  • Tijolo baiano ou de barro maciço

O cálculo depende do tamanho do tijolo e da largura da parede. O melhor é seguir a instrução do fabricante ou fornecedor e aplicá-la sobre a área, lembrando-se do índice de 10% a mais como prevenção. Saback Filho, da Archiplanta, dá uma dica: "Devemos levar em conta toda a área da parede, ou seja, não dar desconto em portas, janelas e outros vãos.”
No caso de uma parede de tijolos maciços que ficam à vista, um ponto importante são os cantos externos. "Alguns fabricantes já fornecem os tijolos cortados para serem colocados nesses cantos, diminuindo assim as perdas", explica o engenheiro.



  • Bloco de concreto

Tem tamanho variado, portanto ‚ melhor seguir a indicação do fabricante ou fornecedor. O arquiteto Faggin, professor da USP, aconselha aplicar a margem de 10% de sobra.



  • Cimento

Como tem "vida curta" – começa logo a empedrar –, o principal fator a ser considerado no cálculo da quantidade é o tempo. "Não se deve comprar cimento para muitos dias", explica Nelson Ferraz, coordenador da Divisão Técnica de Gerenciamento de Empreendimentos do Instituto de Engenharia. Segundo ele, é melhor comprar o suficiente para usar em 15 dias, já que nem sempre as condições de armazenamento na obra são as ideais.



  • Argamassa

Para assentamento de tijolos, a média é de 10 a 14 quilos por metro quadrado e depende do tipo de tijolo. Para uso em revestimento (que tem um tipo específico: o cimento e cola), é de 5 quilos por metro quadrado.



  • Tinta

O rendimento varia de marca para marca, do tipo utilizado (PVA, acrílica, elástica, etc...) e da quantidade de demãos que serão necessárias para a cobertura perfeita da superfície. O melhor a fazer é consultar as instruções do fabricante contidas no produto e calcular a área a ser pintada (altura x largura) descontando-se os vãos, como portas e janelas. Alguns fabricantes informam uma fórmula básica para descobrir quantos galões de tinta serão necessários. Adote a equação abaixo para tintas, fundos e massas, sem esquecer que o consumo por metro quadrado pode variar em função da porosidade da superfície e da técnica a ser empregada.


Consumo de galões = metragem quadrada X número de demãos rendimento por galão informado pelo fabricante.


Para evitar desperdícios, o engenheiro Saback Filho aconselha deixar a pintura para a última etapa. "A pintura é o último passo de uma obra ou reforma, portanto deve ser iniciada apenas quando não há mais nenhum serviço a ser executado", diz. Isso evita a perda com retoques ou outras demãos se houver necessidade de fazer a mudança, por exemplo, de um ponto elétrico.
O professor Faggin tem uma dica para quem for usar cores preparadas em misturadores: é preciso aplicar no cálculo a margem de 10% a mais para não correr o risco de o produto acabar antes do fim da pintura, pois será difícil obter novamente a mesma tonalidade. Esse problema não ocorre com as cores prontas.




O que fazer com as sobras?


O material aproveitável pode ser dado a amigos, doado a instituições de caridade ou mesmo vendido a museus e cemitérios de peças.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Orientações sobre a mão-de-obra

Um dos aspectos mais polêmicos para quem esta construindo ou reformando é quanto à mão de obra. Existem várias controvérsias entre contratantes e contratados, tais como valores, qualidade de serviços, tempo de execução e até problemas na justiça do trabalho.


*Caso você esteja construindo, seu profissional responsável é um engenheiro(a) ou arquiteto(a). Procure dados sobre ele ou ela, tais como registro no CREA regional, se já teve algum problema com sua profissão e quais são eles se existirem. Procure saber de projetos realizados pelo respectivo profissional, e se possível vá ao local para conhecer. Pergunte às pessoas que lá vivem ou que construíram o local como é a atuação do profissional durante a obra, se visita regularmente o canteiro e se durante o desenvolvimento do projeto ele ou ela soube apontar as melhores soluções sem deixar dúvidas.


*Já no caso de uma reforma, na qual o responsável seria o mestre de obras, o melhor modo de se contratar um profissional competente é uma indicação. Se ele fez um serviço para uma pessoa próxima a você e foi indicado, deve ser porque o serviço dele é bom. Mesmo assim, vá ao locar que a pessoa indicou, para avaliar o serviço, saber se foi bem feito, e se não houve nenhum problema após algum tempo.


*Nas construções, o valor da mão de obra contratada, é negociado geralmente entre o engenheiro e os pedreiros e serventes. Mas para a pessoa que está apenas reformando, a melhor maneira de conseguir um bom preço aliado a um serviço rápido e de boa qualidade é propor um contrato por empreitada. O contrato consiste em um preço fixo para um determinado período de tempo. Por exemplo: eu quero construir um quarto em minha casa e um pedreiro quer me cobrar R$500,00 pelo serviço. Eu aceito o preço, mas ele terá que assinar um contrato que ele garante a entrega do quarto em um mês, ou então ele receberá apenas R$450,00.


*A segurança de quem esta trabalhando em sua obra é de vital importância para você. Procure sempre comprar para que eles usem luvas de construção, exija deles que estejam sempre de botas, e não de chinelos e se eles forem expostos a uma área com perigo de desabamento ou de passagem de material, seria prudente que eles usassem capacetes também. E sempre que eles assinarem um recibo de pagamento, é interessante que conste também o material por eles recebido. Mas se você não quer ter mais essa despesa, negocie e coloque por conta dele o equipamento de segurança, mas sempre constando no contrato que é responsabilidade do contratado, e não do contratante.


*Para você não se assustar na hora de ouvir um orçamento, existem revistas especializadas que todos os meses trazem os preços de mão de obra atuais. Pode ser que você ache o preço caro ou barato, mas serve como uma base segura de negociação.


*É muito importante que você fique atento(a) a estes detalhes. A classe de mão de obra da construção civil, é a que tem o maior índice de ações na justiça do trabalho. Mas se você se prevenir fazendo um contrato bem feito (com equipamentos de segurança inclusos), ou fornecer os equipamentos de segurança e tiver uma base sólida para provar da onde foi tirado os valores do contrato, certamente você não terá problema algum.


*Geralmente, os pedreiros são divididos em duas classes (salvo as exceções): os de alvenaria e os de acabamento. Os de alvenaria, são muito bons no quesito assentar tijolos, em fazer arremates, fazer armação de telhados, assentar telhas, assentar e bater lages, em rebocar paredes, etc. Mas no que se refere a acabamento, eles são muito grosseiros, não tem intimidade com os materiais, cortam errado, quebram ao transportar, o assentamento fica torto; resumindo, um serviço mal feito. Já os profissionais de acabamento são exatamente o contrário, enquanto são muito bons em assentamentos de tudo no que se refere a acabamento, têm delicadeza ao manusear cerâmicas, pedras, tábuas, etc.; no que se refere a assentar tijolos, são ruins, as paredes podem ficar tortas, não sabe muito bem as medidas cimento, areia e água.


*É também importante ter uma parte elétrica boa em sua casa, é muito desagradável quando você liga o chuveiro e a lâmpada da sala fica fraca, principalmente quando se tem visitas. Uma instalação mal feita pode reduzir a vida útil de lâmpadas que podem queimar até em algumas semanas. Nas tomadas, a tensão pode tanto queimar alguns aparelhos, como pode ser insuficiente para que eles funcionem. O ideal seria um projeto elétrico feito por um engenheiro eletricista, mas como pode ser muito caro, um técnico em eletricidade pode fazer um serviço de boa qualidade. Mas aí vem aquela velha história, procure indicações, veja serviços já executados e peça informações.


*Na parte hidráulica, no que se refere à instalação de tubos de PVC, tem que se prestar muita atenção. Os tubos tem que ser de boa qualidade, mas de boa qualidade mesmo tem que ser o bombeiro hidráulico. Não existe nada mais desagradável do que em uma casa nova ou semi-nova, as paredes mofadas ou com infiltrações, com a tinta formando balões de ar ou água. Você pode evitar isto.

Etapas para construir um imóvel

Comprando o terreno
O terreno é o começo de tudo, sem ele nada de obra. Assim, antes de comprá-lo é conveniente fazer um roteiro contendo localização, área a ser construída, zoneamento urbano e muitos outros detalhes.


Um item importante e que deve ser observado com atenção ao escolher o terreno são suas condições físicas. Verifique se não existem pontos onde a água fica empoçada, ou se ele sofreu um grande aterro. No primeiro caso, vai-se gastar mais com drenagem e impermeabilização, no segundo haverá a necessidade de fundações mais profundas e caras. Os vizinhos são boas fontes de informação, analise as obras feitas nos terrenos vizinhos, como foram feitas e se há trincas nas paredes. Se houver trincas existe uma grande possibilidade do solo da região ser instável, o que significa gasto maior para a execução de fundações adequadas.


Analisar a posição do terreno em relação ao entorno. Várias coisas podem quebrar o sossego do usuário do futuro imóvel e também podem desvalorizar o investimento, coisas como indústrias poluidoras, vizinhos barulhentos, feiras livres e obras públicas a serem executadas, como rede de água e esgoto, ruas e desapropriações. Vá até a Prefeitura, certifique-se de que não há projetos de desapropriação na área ou de tubulações passando por baixo do terreno e obtenha informações sobre o bairro e sobre o terreno a ser adquirido.  


É mais garantido adquirir um terreno que já tenha uma situação definida, ou seja, que já possua vizinhos, esteja em um bairro todo ocupado, não há construção de obra pública prevista, as ruas e avenidas que servem a região possuam tamanho adequado, e assim por diante. Uma análise bem feita nesta minimiza as surpresas futuras como, por exemplo, a construção de um prédio bem na frente do lote, cobrindo a luz do Sol e diminuindo a privacidade.


Naturalmente, terrenos bem localizados e com boa topografia têm maior procura e preço mais elevado. Em contrapartida, na hora de se desfazer do imóvel será possível vendê-lo mais rápido, pois a localização de um imóvel é fator muito importante.


Outro detalhe é em relação ao acesso às futuras obras. Um lote de acesso difícil representa aumento nos custos, pela elevação do frete do material de construção e pelo comprometimento da carga, sem falar nos dias parados por falta de acesso. 


Projeto 
 O ideal é que se tenha a assessoria de profissionais especializados desde o primeiro momento em que se cogitou fazer uma obra. Um corretor de confiança ajuda na escolha do terreno, um arquiteto e/ou um engenheiro também, cada um dentro de sua especialidade. Mas uma vez estando definido que construção será feita e o terreno comprado, é a hora de entrar em cena o Arquiteto. Este vai adequar o programa da obra ao terreno escolhido e ao orçamento disponível. O Arquiteto trabalha em conjunto com o Engenheiro para detalhar o projeto, fazer os cálculos estruturais, o projeto de hidráulica e elétrica e outros planejamentos que garantem a solidez do investimento, sem falar do prazer qeu o proprietário terá em sua futura construção, ainda mais porque terá um imóvel valorizado por ter sido feito como se deve. 


Material de Construção 
Antes mesmo de começar a construção propriamente dita é conveniente visitar várias lojas para adequar o sonho à realidade do capital disponível. É preciso antes de tudo lembrar da qualidade do material de construção que vai ser comprado, não se esquecendo de que a qualidade dos produtos varia, da mesma forma que variam os preços de uma loja para outra, principalmente para mercadorias que ainda não tiveram suas normas de produção estabelecidas pela ABTN - Associação Brasileira de Normas Técnicas.


A utilização de material com qualidade inferior causa problemas no futuro, se você não conhece bem o mercado de material de construção é altamente desejável ter a assessoria de um Arquiteto, Engenheiro ou mesmo empreiteiro experiente e que possa orientar como se deve escolher e comprar cada ítem que compõe a lista de materiais a serem usados na obra.


Fique atento aos prazos de entrega e confira os materiais durante a entrega, para não ter surpresas desagradáveis. Todas as notas fiscais de mão de obra e material devem ser guardadas por cinco anos após o término da obra e devem ser declaradas no imposto de renda, somando-se ao custo do terreno adquirido. A cada declaração, deve ser incluído o gasto da obra, referente ao ano anterior até o seu término. Assim, caso você precise vender o imóvel antes de 5 anos pagará menos imposto de renda sobre a valorização do imóvel. 


Mão de Obra 
Não se acanhe em passar para o papel tudo o que vai sendo combinado com os fornecedores, principalmente os de mão-de-obra. É aquela velha história, “o combinado não é caro”. Essa é a forma para garantir seus direitos caso apareça algum imprevisto. Um item que muitos proprietários negligenciam e depois enfrentam problemas é em relação ao pagamento do INSS do pessoal que vai trabalhar na obra. Se ocorrer algum acidente de trabalho durante a construção o proprietário do imóvel é o responsável direto, e se a pessoa acidentada não estiver recolhendo o INSS é o proprietário que arcará com todas as despesas e indenizações. Além disto, para regularizar a obra na Prefeitura e no Registro de Imóveis o proprietário precisa apresentar as guias de pagamento do INSS e também do ISS (Imposto Sobre Serviços) pagos às empresas que forneceram mão de obra. Assim, o ideal é que o empreiteiro ou mesmo o proprietário recolha mensalmente a parcela do ISS e do INSS, para se precaver de problemas e também para não ter que arcar com o pagamento com juros e correção monetária no final da obra. Informe-se sobre como proceder em relação às instalações e acesso aos serviços públicos. Estamos falando de coisas como despejo de entulho, aprovação do projeto na Prefeitura e outros órgãos públicos, água, esgoto, luz, telefone e gás. Lembre-se que mesmo que você não vá adquirir uma linha de telefone a curto prazo ou se a sua rua ainda não tem gás canalizado é muito mais barato e prático fazer todas as instalações necessárias durante a obra, sempre de acordo com os padrões estabelecidos pelas companhias. Em geral, se contrata mão-de-obra por empretiada, isto é, um valor fixo estabelecido por um certo lote de serviços. Mas em situações especiais pode-se contratar por preço unitário ou por dia, só que neste caso é altamente recomendável que o proprietário contrate um Engenheiro ou Arquiteto especializado em obras para assessorá-lo pois o custo da obra pode fugir totalmente de controle. 


Documentação para o Habite-se
O fim da obra propriamente dita marca o início de uma nova etapa: a regularização da mesma junto aos órgãos públicos. Estamos falando do INSS, da Prefeitura e do Cartório de Registro de Imóveis. Terminada a obra, o proprietário ou seu profissional contratado (Arquiteto ou Engenheiro) deverá solicitar o “habite-se”, nome vulgar para o “Aauto de conclusão” da construção. Este é pedido junto à Prefeitura, que possui uma tabela que classifica a categoria da obra, definindo o custo por metro quadrado e o quanto deveria ter sido recolhido de ISS e INSS. É neste momento que você apresentará as guias recolhidas do ISS e, se houver alguma diferença do valor calculado pela Prefeitura, esta deverá ser paga. Feito este acerto o proprietário poderá solicitar o “habite-se”. Para regularizar a construção no terreno deve-se solicitar junto ao INSS a Certidão Negativa de Débito (CND) que também, como a Prefeitura, poderá solicitar alguma diferença a ser paga, para a emissão da CND. Com esta certidão em mãos, o carnê do IPTU do terreno (ou ITR para imóveis rurais) e o auto de conclusão da obra (habite-se) o proprietário ou seu representante deverá ir ao Cartório de Registro de Imóveis da região para poder “Averbar” a construção no terreno, ou seja, fazer constar dos registros públicos que no lote de terreno tal e tal foi feita uma construção com tal e tal características. O processo de construção é trabalhoso, mas a sua recompensa é alta, principalmente se o proprietário estiver construindo para uso próprio. Uma residência feita “sob medida” costuma ser bem melhor do que as comerciais, desde que o proprietário tenha tido a boa idéia de contratar bons profissionais para assessorá-lo em cada etapa. Nada mais desastroso do que aqueles que se metem a construir por conta própria, achando que o pedreiro pode dar uma boa mão e que, por ter lido pilhas de revistas sobre construção, acham que já podem dispensar o uso de um bom Arquiteto ou Engenheiro. Aliás, se você pensa em construir não deixe de ler nosso artigo “Invista no Arquiteto!onde mostramos as vantagens de se ter a ajuda de um profissional especializado desde as primeiras etapas de uma obra.

Antes de iniciar a obra, planeje-se






Reformar a casa não é tarefa fácil. É preciso avaliar as estruturas, elencar as possibilidades, levantar os custos, entre uma série de passos que você não pode dar sozinho: há profissionais especializados para te ajudar nessa empreitada. Confira a seguir o que você precisa saber antes de reformar ou ampliar sua casa e vá muito além do famoso “puxadinho”.



Etapas pré-obra - Quando se pensa em construir, não há uma receita de bolo exata, mas há uma série de etapas e precauções importantes a seguir para garantir a qualidade final da obra. No caso da reforma ou ampliação de uma casa, o primeiro passo é pensar: o que será reformado e ou ampliado? 


Para ajudar nessa primeira tomada de decisões, solicite o auxílio de um profissional de arquitetura. Além de orientar como pode ser feita a mudança pretendida, o arquiteto também pode oferecer outras opções para a sua reforma. De acordo com o engenheiro Thomas Carmona, diretor da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), o arquiteto também pode auxiliar na burocracia da operação: “é fundamental realizar um levantamento geométrico da estrutura existente e conseguir toda documentação que esteja disponível, o que diminuirá a necessidade de prospecções no local e, fatalmente, reduzirá custos”, alerta. 


Vale lembrar que quando a reforma tiver como proposta alterações da estrutura original do imóvel (independente do grau de mudanças) é obrigatório dar entrada no alvará de aprovação e execução para reforma. Depois de concluída a obra, é preciso também solicitar o certificado de conclusão, mais conhecido como “habite-se”. 


Após essa primeira etapa de tomada de decisões, é preciso caminhar para colocar as ideias em prática. Nesta fase, é preciso avaliar as estruturas para saber quais necessidades e cuidados essas requerem ao serem reformadas e ou ampliadas. Nascem aí os projetos de arquitetura, estrutura e instalações da obra, documentos a serem desenvolvidos pelo profissional contratado. A partir de tais projetos, é possível prever quais operações serão realizadas, levantar quais e quantos materiais serão utilizados e, então, solicitar orçamentos de custos.


Materiais e reforços - A escolha dos materiais deve ter como base a expectativa que se tem da obra finalizada. Na ampliação de uma casa, por exemplo, é importante pontuar quais os materiais que constituem essa casa e qual o tipo de reforço que ela deve receber para ser ampliada. A necessidade de se reforçar uma estrutura pode ser fruto de vícios construtivos em alguma ou em várias fases da execução, e pode ser causada a partir da alteração da destinação da estrutura ou da necessidade de adequação a novas condições de carregamento.


Não há um tipo de restrição quanto à aplicação dos materiais: uma obra em concreto pode receber reforço em aço e vice e versa. “Perante a cultura da mão de obra da construção civil e as situações normalmente encontradas em reformas e ampliações, os reforços mais comuns são em concreto armado com aumento de seções e inclusão de elementos em estrutura metálica. Outras opções também podem ser empregadas, mas dependerão de um cuidado maior na seleção da mão-de-obra a ser empregada na execução”, aponta o diretor da Abece. 
Apesar de o concreto ser mais utilizado nas obras, devido justamente ao fator cultural citado pelo engenheiro Thomas Carmona, o aço traz algumas vantagens, principalmente no caso de reformas e ampliações. Isso por que o material traz mais velocidade e limpeza à obra, o que reflete em uma menor interferência no cotidiano da residência em obras. 
Uma opção interessante é o drywall, paredes de gesso acartonado que tem como estrutura perfis metálicos. O sistema permite que se levante uma parede em apenas quatro horas. Além da velocidade, o drywall traz mais flexibilidade ao projeto. Como é mais leve (22kg por metro quadrado, contra 120kg da alvenaria), pode ser instalado independentemente de vigas, o que reduz em 10% os gastos com fundações.
Avaliações quanto a reforços estruturais são de responsabilidade de um profissional de engenharia civil. Se você vai reformar ou ampliar sua casa ou qualquer outra edificação, solicite orientações desse profissional. 


Obra em andamento - Começou a reforma, e agora? Agora é acompanhar. Nada de deixar a obra nas mãos dos pedreiros. “É importante garantir que a obra tenha acompanhamento de profissional, engenheiro ou arquiteto, com experiência em execução, com visitas à obra cuja periodicidade dependerá do vulto da intervenção. Recomenda-se o mínimo de uma visita semanal, a fim de orientar e acompanhar tecnicamente as etapas de execução”, explica Carmona. 


Quando devo reformar? - A manutenção de uma edificação depende do material que foi empregado e, principalmente, dos detalhes construtivos. O engenheiro Thomas Carmona explica: “caso sejam ambientes internos protegidos, as ações de manutenção são necessárias em prazos bastante convenientes, geralmente superiores há 20 anos. No caso de ambientes externos, a estrutura de concreto, se bem executada, apresenta prazos de manutenção superiores aos da estrutura metálica, que merece atenção constante quanto à sua proteção”. 
É importante não deixar que a casa clame por uma reforma, como no caso de rachaduras aparentes e estruturas desgastadas. Já a ampliação vem com a necessidade de cada um. Um quarto a mais para o bebê que vai chegar, uma cozinha maior, espaço para lazer, e por aí vai.  


Puxadinho de qualidade - Independente se é reforma ou ampliação, alguns cuidados são universais: “vale a pena investir em projeto, planejamento e numa contratação de execução consistentes, para evitar futuros problemas com gastos não previstos, qualidade inferior ao esperado e atrasos no cronograma”, reforça o engenheiro e diretor da Abece, Thomas Carmona.


Fonte:
Portal Met@lica

A Fundação ( alicerce )



Na construção de uma casa um dos elementos mais importantes é a fundação. A fundação é a parte da construção que suporta o peso e mantem fixo e nivelado o predio no terreno.
Se não estiver de acordo com as cargas que deve suportar, trará graves problemas para o resto da estrutura (paredes, tetos, etc.). Chama-se fundação a parte de uma estrutura que transmite ao terreno subjacente a carga da obra.


A fundação ou alicerce serve para apoiar a casa no terreno. A fundação depende do tipo de solo do seu terreno. 
A primeira coisa é tentar conhecer o tipo e a capacidade de suporte do solo, após o qual é definido o tipo de fundação a ser executada.


Uma sondagem permite saber qual é a fundação mais indicada. Existem firmas especializadas em sondagens de solos.


Mas a melhor dica é consultar os vizinhos para saber como foram feitas as fundações das casas próximas.


Antes de se decidir pelo tipo de fundação em um terreno, é essencial que o profissional adote os seguintes procedimentos:
  • a) visitar o local da obra, detectando a eventual existência de alagados, afloramento de rochas etc.;
  • b) visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as soluções adotadas;
  • c) fazer sondagem a trado (broca) com diâmetro de 2" ou 4", recolhendo amostras das camadas do solo até atingir a camada resistente;
  • d) se persistirem dúvidas, mandar fazer sondagem geotécnica .

Tipos de fundação

Fundações diretas
São aquelas estruturas executadas em valas rasas, com profundidade máxima de 3,0 metros, ou as que repousam diretamente sobre solo firme e aflorado, como por exemplo: rochas, moledos (rochas em decomposição), arenitos, piçaras compactas etc., caracterizadas por alicerces e sapata


Fundação contínua
Os alicerces na generalidade dos casos são executados de forma contínua, sob a linha de paredes de uma edificação, utilizando-se: 
a) Sistema de alvenaria de tijolos maciços, em bloco simples ou escalonado;
b) Sistema de pedras argamassadas sobre lastro de concreto simples;
c) Sistema de alvenaria sobre lajes de concreto armado ( sistema misto);
d) Sistema em concreto ciclópico.


Fundações indiretas ou profundas
São aquelas em que o peso da construção é transmitido ao solo firme por meio de um fuste. Estas estruturas de transmissão podem ser estacas ou tubulões.


Baldrame (sapata corrida)
Se você encontrar solo firme até uma profundidade de 60 cm, você pode abrir uma vala e fazer o baldrame diretamente sobre o fundo dela. Você pode fazer baldrame de blocos ou de concreto.

Armazenar o material

De acordo com o planejamento da obra, os materiais adquiridos com antecedência devem ser estocados, mas certos tipos de materiais merecem algum tipo de cuidado especial. Esses cuidados são importantes no que se refere ao máximo aproveitamento da capacidade do material de embelezar o ambiente.


Tábuas Corridas - Essas madeiras tem que ser compradas com um mínimo de três a quatro meses de antecedência pois elas precisam secar e enquanto ocorrem a secagem você precisamente pode reparar que a madeira se contrai no tamanho e no comprimento. Na compra de tábua na hora do assentamento o construtor corre o risco de que a tábua venha a se contrair após o assentamento aparecendo gretas entre uma tábua e outra. O armazenamento deve ser feito em lugar seco e coberto, e devem ficar lá de três a quatro meses para que possam secar e contrair-se.


Tijolos - Os tijolos não precisam de grandes cuidados. Podem perfeitamente ficar no tempo. Para melhor aproveitamento do material aconselhamos que todo o lote de tijolos ou blocos sejam cobertos para que conservem-se secos pois o assentamento fica mais fácil e o transporte corre menos riscos de quebras.


Cerâmicas e Pedras - A compra de cerâmicas devem ser feitas com antecedência. Após a compra verifique na caixa ou com o próprio vendedor a respeito da estocagem do material, caso não tenha restrições procure um lugar onde você possa estocá-las sem que necessite de pilhas muito altas pois o material pode vir quebrar caso haja um desequilíbrio da pilha. Antes do assentamento da cerâmica verifique com o vendedor ou com a fornecedora o tempo necessário que precise ficar submersa em água, medida necessária para que a cerâmica tenha a dilatação e umidade certa.


Madeira para telhado - A madeira para telhado deve ser estocado em lugares secos e de forma que possam ficar empilhadas em números baixos e sempre na horizontal para não empenarem. Aconselhamos como medida de precaução colocar todo material de madeira a ser usado no telhado para secar ao sol. Após bem secas a madeira já pode ser usada pois a dilatação necessária que iria obter com o tempo já fora concluída assim você não corre o risco da dilatação quebrar telhas e até mesmo entortar o telhado.


Portas e Janelas - Na compra de portas e janelas de madeira procure sempre material de boa referência. Estoque sempre em locais seguros contra ladrões e da chuva. A sugestão para estocar materiais de madeira é sempre procurar onde possam ficar na horizontal ou na vertical e sem peso em cima para conservar todo material do empeno. É de grande valia que você compre onde o próprio vendedor estoque o material até o dia de uso.


Portas e Janelas de Aço - Geralmente são protegidas com materiais anti-corrossivo, mas para não arriscar seria prudente guardá-las em local coberto. Muito cuidado ao manusear porque um tombo pode empená-las. Não se esqueça da pintura porque é fundamental. 


Telhas - As telhas não precisam de muitos cuidados de armazenamento. Podem perfeitamente ficar no tempo, afinal, a vida útil inteira delas será no tempo. Mas muito cuidado ao manuseá-las porque são muito frágeis.Ao estocá-las verifique se as pilhas verticais estão bem seguras.


Tubos de PVC - É aconselhável que tubos de PVC não fiquem no tempo pois o sol, o sereno e a umidade podem resseca-los, fazendo-o rachar e inutilizando-o. Por isso deve-se conservá-los em local coberto, protegido do sol. Aconselhamos que sejam estocados em pilhas horizontais de forma que os tubos possam ficar deitados e retos.


Fios e Cabos - Os fios e cabos devem ser conservados de preferência em uma caixa que esteja em local seco e coberto. Deixar os fios em local aberto ou no tempo, pode rachar a proteção que é geralmente de plástico ou borracha, e um fio sem proteção, nunca é uma boa idéia. O condutor elétrico perde parte do isolamento quando sua camada de plástico ou borracha externa resseca.
Cimento - Os sacos de cimento devem ser mantidos longe da umidade, devem ficar em local seco e coberto. O contato da umidade com o cimento por um certo tempo faz com que o cimento endureça, inutilizando-o permanentemente.


Areia e Brita - A única restrição, é que não se deve deixar areia ou brita no tempo por um longo período de tempo (alguns meses). O vento, além de poder espalhar a areia, traz consigo uma poeira que contém vários agentes e vários tipos de sementes. Com isso podem brotar vários tipos de ervas, tanto na areia quanto na brita. E lembrem-se que areia e brita são proibidos quando estocados no passeio ou na rua.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Planejando para começar a obra

O planejamento é uma das partes mais importantes da construção ou da reforma, porque nele, é que se define disposição de cômodos, tamanho, claridade, funcionalidade, etc. É uma parte que precisa ser olhada com muita atenção, porque é muito mais fácil mudar o projeto do que mudar as paredes de lugar depois de prontas. Numa construção: 



  • É muito importante que haja um profissional competente e credenciado para fazer o projeto e acompanhamento da obra, porque assim evita-se aborrecimentos futuros com o CREA e com a prefeitura local, além de ser muito mais seguro.
  • Na confecção do projeto, procure participar, não deixe de colocar suas opiniões, afinal, a casa (ou apto) será seu e um projeto mal feito, depois de pronto e aprovado pela prefeitura, não pode ser mudado, e pode gerar muita dor de cabeça e insatisfação.
  • Antes de entrar com o pedido de aprovação na prefeitura, é muito importante que se tenha uma idéia do tamanho dos cômodos, porque numa planta, esse tamanho é muito ilusório. Uma sugestão é que se procure um local aberto e grande (de preferência o local ou lote a ser usado) para que utilizando um instrumento de medida (trena, metro, etc.) marque-se no chão com um giz ou pedaços de tijolo o tamanho dos cômodos para que se pelo menos tenha-se uma idéia do espaço.
  • Outro problema freqüente que ocorre após a conclusão da obra é a insatisfação do(a) proprietário(a) com a posição de alguma pilastra. Por isso é importante a visualização do espaço com a disposição das pilastras, porque em muitos casos, quando a insatisfação é observada antes da execução da obra, a pilastra pode ser mudada de lugar. Caso não possa ser mudada, existem hoje inúmeras formas de se decorar uma pilastra e que pode até ficar mais bonito que um local sem pilastras.